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O mormo é uma doença infecto contagiosa, que acomete primariamente os equídeos e pode acometer o homem. É uma das doenças dos equídeos mais antigas, sendo mencionada por Aristóteles e Hipócrates nos séculos II e IV a.C. e descrita como uma doença que acometia os cavalos e seus tratadores. Acredita-se que tenha entrado no Brasil através de animais infectados importados da Europa, sendo descrita pela primeira vez no país em 1811, causando verdadeiras epizootias em vários pontos do território nacional, vitimando muares, cavalos e humanos que adoeceram com sintomatologia de catarro e cancro nasal. No Rio Grande do Sul foi registrado pela primeira vez no município de Rolante, em 2015.

O agente causador é a bactéria Burkholderia mallei, que se manifesta de forma aguda ou crônica. A Burkholderia mallei é um bastonete Gram-negativo, sem cápsula, imóvel e com 0,5 mm de espessura e sua morfologia depende das condições de cultivo. Cresce bem em ágar sangue e as colônias apresentam aspecto mucóide e brilhante, não produz hemólise e é aeróbico.

A transmissão da doença ocorre pelo contato com o material infectante, seja diretamente com secreções do doente ou indiretamente por meio de fômites, bebedouros, comedouros e equipamentos contaminados. Pode ser transmitida aos homens e a outros animais. Os principais hospedeiros são os equinos, muares e asininos. Já foi relatada em cães, gatos, ovinos, caprinos e camelos. Bovinos, suínos e aves são resistentes. Em animais pode se manifestar logo após a infecção ou tornar-se latente. Em humanos o período de incubação varia de poucos dias a meses, sendo usualmente de 1-14 dias.

O ser humano normalmente se infecta pelo contato com animais doentes, fômites contaminados, tecidos ou culturas bacterianas em laboratórios. Pode ser considerada uma doença ocupacional, visto acometer, principalmente, trabalhadores, tratadores, médicos veterinários, trabalhadores de frigoríficos, pesquisadores e laboratoristas. Porém, também pode acometer proprietários de animais e outras pessoas. A transmissão ocorre por meio de feridas e abrasões na pele. O indivíduo apresenta-se febril, com pústulas cutâneas, edema de septo nasal, pneumonia e abscessos em diversas partes do corpo. É uma zoonose de difícil tratamento, sendo, na maioria das vezes, fatal.

O exame de eleição para a triagem populacional é o Teste de Elisai que detecta anticorpos contra o agente no soro sanguíneo do animal. Este teste somente é realizado por laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a realização deste ensaio. Quando o resultado do teste não for negativo, exames complementares serão realizados por laboratórios oficiais para confirmar o resultado.

O controle da doença é realizado através do diagnóstico e eliminação de animais portadores do agente. Os veterinários de campo têm função importantíssima no controle da doença. São os responsáveis por informar e orientar proprietários sobre a importância de testar os animais. Além disso, devem fazer cumprir a legislação vigente, bem como exigindo exames de Mormo negativo para equinos que ingressam em aglomerações, zelando pelo bem-estar e sanidade dos animais.

Importante

Arquivos PDF para ordem de serviço e requisição de exame de mormo ou Portal.


Os exames de Mormo devem ser requisitados apenas por médicos veterinários cadastrados junto a Secretaria da Agricultura da unidade federativa onde exercem sua profissão;


O exame de MORMO deve ser requisitado por Médico Veterinário em requisições próprias ou pelo portal fornecido pelo laboratório.


Para o exame de Mormo o sangue tem que ser coletado em tubos sem anticoagulante;


Potros até 6 meses de idade que ainda estejam ao pé da mãe são isentos de exames para isso, a mãe deve apresentar exame negativo e dentro do prazo de validade;


No Rio Grande do Sul os exames de Mormo são aceitos por 180 dias, a partir da data de coleta da amostra, para trânsito dentro do estado.

 

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